segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS


Este vídeo mostra todos os tipos de projeções existentes de uma forma diferente de visualização e bem dinâmica!

Por Carol Araújo.

A HISTÓRIA DA CARTOGRAFIA

Vejam um vídeo bem resumido da Evolução da Cartografia, além de informativo, despertador de curiosidade, é lindo!!!

Por Carol Araújo.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

OPINIÃO PROPRIA

Pode uma pessoa que ao se pronunciar sobre qualquer que seja o assunto sempre leve em consideração primeira a sua propria opinião? Que não tenha medo ou bloqueios de discutir ou explanar com os indivíduos de qualquer escalão que seja como seu igual? E que além de ter opinião propria sempre priorizou transmitir aos que podem e puderam compartilhar destas opiniões que o principio básico para se conquistar opinião própria é a busca pelo conhecimento?
Essa postura causa certo desconforto àqueles que não gostam de ter o debate das idéias, que não questionam e também não se questionam, que preferem manter o status quo, a mesma e confortável postura das aparências, que não se incomodam em propor novas visões e novos conceitos de se discutir, nem de produzir o novo.
O atual momento me obriga a manifestar uma opinião a qual tenho e que já faz tempo que gostaria de manifestar. Não faço isso por oportunismo, nem por solidarismo baratos. Faço por reconhecimento às contribuições que foram feitas aos que se dispuseram a ouvir e tentar compreender seu pensamento, e a tentar construir a partir deste.
São muitas as fontes que provam isso, desde artigos a produções literárias de alto valor educacional, acadêmico e de pesquisa.

E assim: 

Quero agradecer a todos os mestres e doutores que compõem/compuseram o Departamento de Geografia da FIEO, que na postura de professores auxiliaram na minha graduação e na melhor construção e direcionamento de meu pensamento. Quero agradecer também aos colegas que justamente fizeram parte junto deste processo e que também contribuíram para o mesmo, acima de tudo. Tenho orgulho de ter passado por esta experiência e dela ter extraído o que me foi oferecido de melhor, o conhecimento.
Em especial, quero agradecer a um professor, o que melhor representa esta minha opinião e que também pode sê-la de meus colegas de curso. Suas explicações e propostas de estudo sempre zelaram pelo exercício do raciocínio mais aguçado, que deixassem a construção simplista e pobre de visão de mundo, sempre apoiou que todos buscassem o questionamento das idéias, não pela afronta aos discursos, mas enxergassem através das mais variadas dimensões existentes.
Ao professor Jaime Tadeu Oliva, o meu mais sincero muito obrigado, por tudo aquilo que me apresentou e que representa no conjunto de minha formação. Suas aulas sempre puderam contribuir para uma melhor interpretação das diferentes esferas que constituem nossa sociedade e do foco de nossa ciência, o espaço. E nesse conceito foi mestre em trabalhar sua organização e as discussões que o cercam, sem se prender aos pragmatismos e dogmas que ainda sustentam muitos dos pilares desta ciência, contribuindo, assim, ainda mais para a minha forma de enxergar os fenômenos espaciais nas mais diferentes escalas que eles se manifestam.
Sua defesa a uma linha de pensamento que buscasse analisar e avaliar os mais variados conceitos e interpretações da realidade para se construir uma melhor representação do espaço, numa defesa de uma Geografia embasada na pluralidade das relações fez surgir em mim um sentimento de reconhecimento aos seus méritos e de querer, assim como ele, contribuir para esta ciência social.

Com toda a Sinceridade,

Matheus de Almeida Santos
Graduado em Geografia pelo Centro Universitário FIEO 
06/2009

















domingo, 13 de dezembro de 2009

DUELOS VERDES - O que é melhor para o planeta: beber vinho ou cerveja? Usar joias ou bijuterias? Ter filhos ou não? Aqui está um guia de sustentabilidade nos mínimos detalhes.



COPO DE PLÁSTICO X CANECA

COPO
* Para suprir a mítica necessidade diária de 2 litros de água, uma pessoa precisaria consumir 16 copinhos de 125 mililitros por dia, quase 6 mil por ano. Ainda que fabricar os copos consuma 100 litros de água, eles servirão 730 litros - 732 em anos bissextos.
* Mas a fabricação das embalagens provoca a emissão de 4,6 quilos de CO2 e outros gases responsáveis pelo aquecimento global. Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem de embalagens produzem gases de efeito estufa equivalentes aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano.
* Por fim, cada copinho demora pelo menos 100 anos para se decompor.
CANECA
* Lavar uma caneca de 200 mililitros por 5 segundos gasta 500 mililitros de água.
* Logo, se os tais 2 litros por dia forem bebidos nessa caneca, será necessário lavar a caneca 8 vezes, gastado quase 4 litros de água.
* Ao longo de um ano, essa atividade terá consumido 1460 litros de água - 1464 em anos bissextos.
CONCLUSÃO
Beber água em um recipiente reaproveitável causa menos danos ao planeta.
FONTES: Sabesp, Ciclo de vida das embalagens no Brasil, de Renata Valt (Thesaurus Editora), Berverage Marketing Corporation, Proconve.



SACO DE PAPEL X  ECOBAG

ECOBAG
* As queridas dos naturebas duram 5 anos.
* Cada uma delas é capaz de eliminar até 1000 sacolas descartáveis em sua vida útil.
* Levou-a para o super mercado 4 vezes?
É o que basta para seu impacto ambiental se tornar menor que o das sacolas pláticas ou de papel em todos os indicadores.
SACO DE PAPEL
* Demora menos tempo para se decompor, mas nem por isso é menos poluente.
* Comparado com a ecobag, sua produção emite 80% mais gases de efeito estufa, gasta 3 vezes mais água e resulta em 2 vezes mais residuos e 70% mais gazes que provocam a chuva  ácida.
* Só nos EUA, 14 milhões  de árvores são cortadas para produzir preciosas sacolas de papel.
* Esta vai doer: gasta-se 98% mais energia para reciclar sacolas de papel que as de plástico.
CONCLUSÃO: As ecobags são as alternativa mais ecológicamente correta: desde que você não acumule dezenas delas.


CERVEJA X VINHO

VINHO
* Um estudo da consultoria Walte Foot-print Network revelou que a produção de cada litro de vinho consome outros 960 litros de água, a maior parte deles gasta no cuidadoso cultivo des uvas.
* Em outras palavras, são necessários 120 litros de água para produzir cada taça de vinho. Vinhos ruins, inclusive.
* Os 22% de vinhos importados consumidos no Brasil representam muito mais emissões de CO2 com transporte do que o 1% de cerveja importada.
CERVEJA
* De acordo com um relatório apresentado na Semana Mundial da Água em agosto pela ong WWF e uma indústria cervejeira, a produção de cada litro de cerveja consome 155 litros de água - um banho no vinho. Ou não, porque consome menos água... ah, você entendeu.
* Em lata, a cerveja é ainda mais vantajosa para o ambiente, já que o Brasil é recordista mundial de reciclagem de latas de alumínio, com um índice de 96,5%.
* A reciclagem do alumínio economiza energia elétrica: em 2007 permitiu poupar 2300 GWh/ ano, o sufuciente para abastecer por um ano uma cidade de 1 milhão de habitantes, como Goiânia.



APARTAMENTO X CASA

APARTAMENTO
* Na teoria, concentrariam atividades em menos espaço, permitindo menos deslocamentos de carros. Serviços urbanos, como coleta de lixo, também se beneficiariam do adensamento ao deslocarem-se para atender moradores. Outra vantagem da concentração populacional é que quem mora em apartamento não gasta água lavando seus carros na calçada e nem molhando seus jardins.
CASA
* Segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, a construção de casas promove a expansão descontrolada da mancha urbana, aumentando o percurso e o tempo de viagem entre trabalho e residência e, consequentemente, o volume de fumaça saindo do escapamento dos veículos.
CONCLUSÃO
Do ponto de vista da ocupação do solo e aproveitamento dos recursos, morar num prédio é mais sustentável. Sem carro, de preferência.


JOIAS X BIJUTERIAS

JOIAS
* Fora abalar o sustento de quem compra, a obtenção de metais nobres, usados em joias, agride o planeta. Para cada tonelada de ouro, é preciso cavucar 300 mil toneladas de minério. Essa retirada de grandes volumes de terra e rocha pode alterar paisagens naturais e comprometer ecossistemas. Muitas minas utilizam o cianeto de sódio, uma substância tóxica, na separação do ouro. Assim como o mercúrio usado nos garimpos, ela pode causar acidentes ambientais.
BIJUTERIAS
* Para obter 1 tonelada de cobre, cuja a liga metálica é usada em muitas bijuterias, removem-se 110 toneladas de minério - bem mais em conta. Após a etapa chamada de galvanoplastia - um banho metálico dado na peça -  são descartadas soluções contendo metais pesados e substâncias como, ácido sulfúrico e ácido crômico. O tratamento adequado desses resíduos pode contaminar a água usada no abastecimento e destruir ecossistemas.
CONCLUSÃO
A produção de joias tem maior impacto ambiental. E os riscos da fabricação de bijuterias podem ser reduzidos com procedimentos dentro das empresas.


ALGODÃO X LÃ


* São necessários 500 mil litros de água para produzir cada tonelada de lã. Sim, essas ovelhas bebem. Além de insaciáveis, os animais de onde é extraida a lã emitem grandes quantidades de metano. Estamos falando de 20 a 30 litros diários de pum de ovelhas, bezerros e carneiros, gases que contribuem 21 vezes mais para o aquecimento global que o CO2.
ALGODÃO
* A exportação de algodão asiático para a Europa é responsável por 20% do ressecamento do mar de Aral, por causa da irrigação de lavouras em países como Uzbequistão. Se Felipão e Rivaldo estiverem usando uniformes de algodão no FC Bunyodkor eles também são parte do problema. Por trás da fabricação de uma única calça jeans estão 11 mil litros. O fertilizante usado nas lavouras é a base de nitrogênio. Quando aplicado inadequadamente, libera óxido nitroso, um gás muito tóxico.
CONCLUSÃO
É praticamente um empate. Como o couro, pele e tecidos sintéticos são igualmente agressivos à Mãe Terra, o jeito é apelar para tecidos sintéticos e, brechós - quer algo mais sustentável que reciclar roupas?


PIA X BANHO

PIA
* Se uma pessoa escovas os dentes na pia por 5 minutos com ela aberta, gasta 12 litros de água. No entanto, se ela molhar a escova e fechar a torneira enquanto escova os dentes e, depois, enxaguar a boca com a água de um copo, gastará menos que 1 litro de água na escovação.
BANHO
* Considerando que a escovação aconteça durante um banho de chuveiro, serão consumidos 15 litros de água. E há o gasto desnecessário de eletricidade. Nos horários de pico, a partir das 19h30min, esse desperdício significa ativar usinas termelétricas, movidas a gás natural, carvão ou biodiesel, e que lançam dióxido de carbono na atmosfera.
CONCLUSÃO
Escovar os dentes na pia, desde que com a torneira fechada.


COM FILHOS X SEM FILHOS

NÃO TER FILHOS
* Nos últimos 45 anos, a demanda pelos recursos do planeta dobrou. Esse aumento se deve, em boa parte, ao crescimento demográfico. Diante disso, há quem proponha cortar o mal pela raiz. O Movimento de Extinção Voluntária da Humanidade, por exemplo, prega que as pessoas deveriam parar de se reproduzir. Sem gente, o mundo seria um lugar muito melhor, diz o movimento, que no entanto ainda não deu ínicio ao processo.
TER FILHOS
* Para muitos especialistas, não é o crescimento demográfico, mas o padrão de consumo que ameaça os recursos naturais. Os americanos, por exemplo, consomem 4 vezes e meia mais do que o considerado sustentável. No livro "O Mundo sem Nós", Alan Weisman, da Universidade do Arizona, propõe que se adote a politica do filho único. Desse modo, seria possível reduzir a população do mundo para 5 bilhões de pessoas até 2100.
CONCLUSÃO
Consumo não predatório é mais viável que propor a extinção da humanidade. Basta consumir menos que o planeta nos aguenta.

REVISTA: Superinteressante, dez 2009 - edição 279, pág 66.

Além de achar essa matéria muito bacana e até mesmo engraçada, ela é intencional, pois não é porque sou geógrafa que me preocupo com ações ambientais positivas. Essa semana vi uma pessoa, colega minha, cometendo um ato incompreensível e fiquei chocada. Estavamos no trem com alguns amigos reunidos, dentre eles geógrafos, hoteleiros e historiadores... todo mundo formado ou se formando, quando essa pessoa joga um lixo pela janela, claro que na hora todos demos um bérro e chamamos atenção. Percebi que foi um ato completamente mecânico, que a pessoa já tem o costume de fazer (poluir), e no lugar da pessoa dizer que foi sem querer, que foi impensado, não! "Ai... me esqueci que estou no meio de um monte de geógrafos, que são totalmente ambientalistas!!!". E ai, cadê a consciência dessa pessoa?! Fiquei bestificada... e estou, portanto decidida a levantar a bandeira pelo meu blog, espalhar o bem, divulgar ações positivas. Espero que todos leitores possam também seguir em frente com atos que impliquem no bem e divulguem essa matéria para outras mais!
Um abraço,
Por Carol Araújo.
Finalizações de Paula Marília Adati

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

GEOGRAFIA NA INTERNET


Estava pesquisando sobre sites e blogs interessantes para o conhecimento e aprofundamento de assuntos referentes à Geografia e encontrei coisas muito boas:
* http://www.geoinformaçãoonline.com/ Traz resumo de posts, da dicas de cursos, eventos e empregos; downloads; revistas; galeria de mapas; e muito mais! Boa dica para quem precisa pesquisar ou está atrás de um emprego em diversas áreas da Geografia, principalmente técnica.
* http://www.marlivieira.blogspot.com/ Blog "Geografia em Foco", tem a proposta de reflexão, interação, discussão e aprendizagem sobre Geografia e de outras áreas do conhecimento, onde estão postados conteúdos voltados mais para o professor de Geografia, com trabalho escolares e atividades dirigidas.
* http://www.geopensar.blogspot.com/ É um blog muito interessante de uma professora de Portugal, o que torna isso mais bacana, pois podemos observar como ela encara a Geografia, o conteúdo que discute e até mesmo os mapas que utiliza para abordar temas relacionados ao assunto.
Esses são alguns dos quais pesquisei, existem muitos sites e blogs sobre Geografia, que possuem conteúdos bons e mostram interesse em divulgar, decifrar e expor essa ciência tão especial!!!
Peço que pesquisem e corram atrás pelos interesses da Geografia!!!

Por Caroline Araújo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

GEOGRAFIA NO UNIFIEO


QUAIS AS RAZÕES PARA ESTUDAR GEOGRAFIA:
* ESTUDAR GEOGRAFIA ALÉM DE DAR ACESSO A UM CAMPO DO SABER IMPORTANTE E TRADICIONAL, DÁ A OPORTUNIDADE DE CONHECER UM VIGOROSO PROCESSO DE RENOVAÇÃO DESSA DISCIPLINA QUE SE INTEGRA ÀS TRANSFORMAÇÕES ACELERADAS DO MUNDO CONTEMPORÂNEO. EM ESPECIAL AQUELA NAS QUAIS O OLHAR GEOGRÁFICO SE MOSTRA MUITO ELUCIDADOR: GLOBALIZAÇÃO, QUESTÕES AMBIENTAIS, QUESTÕES URBANAS, ETC.
* ESTUDAR GEOGRAFIA ALÉM DE DAR ACESSO AO MUNDO DA EDUCAÇÃO E SEU MERCADO DE TRABALHO (COMO PROFESSOR (A)), DÁ TAMBÉM ACESSO A UM NOVO MERCADO DE TRABALHO PROFISSIONAL. O GEÓGRAFO PROFISSIONAL QUE SE FORMA NO UNIFIEO TEM REGISTRO NO CREA (CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E ARQUITETURA) E PODE EXERCER ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE ALTO NÍVEL EM PROJETOS DIVERSOS, EM ORGÃOS PÚBLICOS NAS ÁREAS DE CARTOGRAFIA,, GEOPROCESSAMENTO, PLANEJAMENTO, ETC.

NINGUÉM QUE ESTUDA GEOGRAFIA FICA SEM TRABALHO!!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

COMO ESTUDAR GEOGRAFIA PARA O VESTIBULAR?

As questões das provas dos principais vestibulares de Geografia avaliam a capacidade do candidato de entender e aplicar os pricípios básicos desta disciplina. Portanto, ao estudar qualquer assunto de Geografia lembre-se de que todos os espaços geográficos devem ser:
Localizados: há um intenso número de mapas e para interpretá-los você deve investir um bom tempo de estudo de Cartografia. As questões avaliam a capacidade de leitura dessa linguagem e de seu sistema de símbolos específicos.
Comparados: embora os diferentes espaços geográficos tenham suas particularidades, é essencial comparar o que se está estudando com outros lugares. Muitas questões exploram analogias, avaliando o grau de entendimento das leis geográficas.
Explicados: todos os fatos geográficos têm causas e consequências, por isso a maioria das questões avalia o conhecimento sobre a formação dos espaços geográficos e as consequências disso.
Relacionados: os fatos geográficos não acontecem de forma isolada. Eles se conctam às condições naturais e sociais do lugar onde ocorrem, o que expplica o grande uso de questões interdisciplinares que relacionam os conhecimentos geográficos com outras informações.
Dinamizados: não existe um espaço geográfico estático. Tudo está em perpétua mutação, emboramuitas vezes as mudanças não possam ser percebidas na escala de tempo de nossa vida (anos). Assim, cuidado com as questões que utilizam diferentes escalas de tempo que avaliam sua capacidade de entender as diferentes dinâmicas do espaço geográfico.

Para realizar um bom estudo de Geografia, você deve considerar os cinco princípios apontados acima e seguir as seguintes orientações:
* estude com a meta de alcançar uma visão completa e abrangente de todos os tópicos do programa. A maior parte das questões avalia a abrangência de seus conhecimentos geográficos, e não sua especifidade.
* entenda as interdisciplinaridade. Os fatos geográficos não são isolados; estão inseridos em contextos naturais e sociais que envolvem conhecimentos de outras disciplinas.
* identifique os vocábulos específicos da Geografia e certifique-se de tê-los entendido. Cada ciência tem seu vocabulário próprio e as questões de vestibular utilizam e avaliam o conhecimento dessa terminologia, em especial nas provas escritas.
* use mapas procurando visualizar no espaço geográfico os fatos que estão sendo estudados. Estabeleça nexos lógicos com os outros fatos regionais ou mundiais.
* relacione o que está sendo estudado com o que você já sabe, procurando tirar dessas relações leis geográficas que expliquem a realidade local ou regional. A visão global do espaço geográfico deve ser acompanhada de conhecimento de seus aspectos específicos.
* avalie sua capacidade de analisar - de forma crítica e coerente - a produção e a transformação do mundo contemporâneo, marcado pela alta instabilidade das fronteiras. Esse tema tem sido usado em muitas questões, quase todas baseadas em análise de textos ou interpretação de mapas.
* identifique as relações entre realidade brasileira e os processos gerais que regem o mundo contemporâneo no que se refere à natureza e à sociedade.
* entenda a alteração que a noção de tempo e espaço geográfico está sofrendo. Muitas questões abordam a evolução das tecnologias de comunicações e de transportes que aumentam a velocidade de ligação dos diferentes pontos do espaço mundial ampliam a integração de pessoas e mercados.
* analise a construção dos espaços geográficos, pensando nas transformações que são impostas ao meio ambiente. Esse tem sido o assuntos de algumas das mais dificeis questões da prova de Geografia e etsá relacionado às transformações do modo de vida das sociedades contemporâneas.

Por Reinaldo Scalzaretto, supervisor de Geografia do curso Anglo
Revista Conhecimento Prático GEOGRAFIA, N. 28, pág.16 ano 2009.

PS: Essa matéria não é somente interessante para quem vai prestar vestibular, mais para concursos públicos e estudos aprofundados no curso de Geografia nas faculdades tanbém.

Por Carol Araújo.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

COMPARE DOMÍNIOS COM BIOMAS

Vários conceitos são discutidos durante o curso de Geografia, que nos fazem pensar durante quase todos os semestres e acabam até mesmo confundindo nossas cabeças. Dois que me faziam pensar muito, são: Os Domínios Morfoclimáticos, muito discutido por Aziz Ab'Saber e os Biomas. São um tanto dificeis de destinguir, por serem conceitos um pouco parecidos.
Fora que são conceitos que todo geógrafo deve conhecer, pois vai estar presente na sua vida acadêmica, durante os trabalhos de campo, e para aqueles que optarem pela licenciatura, vão ter que discutir muito em suas aulas. Portanto, vamos aos conceitos!
Domínios Morfoclimáticos
Uma grande dificuldade quando se pretende dividir um território em paisagens naturais é que os limites dos seus elementos em geral não coincidem.
Nem sempre o clima ou a vegetação são semelhantes em toda a sua extensão, como por exemplo, o planalto. Determinado tipo de clima pode abranger um planalto e uma planície, bem como vários tipos de vegetações.
Esse problema pode ser resolvido em áreas de transição, há áreas em que ocorre certa semelhança, em toda a sua extensão, do tipo de clima, relevo, hidrografia, vegetação e solo.
Outra dificuldade para dividir um território em paisagens naturais é o fato de não existir nenhuma regra geral para isso. Antigamente, costumava-se considerar o clima (ligado às latitudes) como determinante, dividindo-se as paisagens naturais do globo em zonas tropicais, temperadas, subtropical e etc.
O clima não é mais estudado como dependente apenas da latitude, mas principalmente da dinâmica atmosférica, da ação das massas de ar. Temos como exemplo a caatinga e o clima semi-árido no sertão nordestino ou a cobertura florestal da porção litorânea do país, desde o nordeste até o sul.
Por causa disso, não se usa mais, mesmo para o Brasil, o termo zona e sim domínio – conjunto natural em que há interação entre os elementos e o relevo, clima ou vegetação, que são determinantes. Existem 6 tipos de Domínios brasileiros:
- Domínio amazônico
É formado por terras baixas: depressões, planícies aluviais e planaltos, cobertos pela extensa floresta latifoliada equatorial amazônica. É banhado pela Bacia Amazônica, que se destaca pelo grande potencial hidrelétrico. Apresenta graves problemas de degradação ambiental, representado pelas queimadas e desmatamentos;
- Domínio do cerrado
Corresponde à área do Brasil Central e apresenta extensos chapadões e chapadas, com domínio do clima tropical semi-úmido e vegetação de cerrado. A vegetação do cerrado é formada por arbustos com troncos e galhos retorcidos. Nesse domínio estão as áreas dispersoras da Bacia do Paraná, do Paraguai, do Tocantins, do Madeira e outros rios destacáveis.
- Domínio dos mares de morros
Esse domínio acompanha a faixa litorânea do Brasil desde o nordeste até o sul do país. Caracteriza-se pelo relevo com topografia em "meia-laranja", mares de morros, formados pela intensa ação erosiva na estrutura cristalina das Serras do Mar, da Mantiqueira e do Espinhaço.
Apresenta predominantemente clima tropical quente e úmido, caracterizado pela floresta tropical, que, na encosta da Serra do Mar, é conhecida como Mata Atlântica.
- Domínio da caatinga
Corresponde à região da depressão sertaneja nordestina, com clima quente e semi-árido e típica vegetação de caatinga formada por cactáceas, bromeliáceas e árvores. A bacia do São Francisco o atravessa.
Nesse domínio, aparecem os morros residuais, resultantes do processo de pediplanação em clima semiárido.
- Domínio da araucária
É o domínio que ocupa o planalto da Bacia do Rio Paraná, onde o clima subtropical está associado às médias altitudes, entre 800 e 1300 metros. Nesse domínio aparecem áreas com manchas de terra roxa, como no Paraná. A floresta de araucária também é conhecida como Mata dos Pinhais;
- Domínio das pradarias
Domínio representado pelo Pampa, ou Campanha Gaúcha, onde o relevo é baixo, com suaves ondulações (coxilhas) e coberto pela vegetação herbácea das pradarias (campos).
Biomas
São áreas cujo as comunidades atigiram seu estágio máximo de desenvolvimento, denominado estágio climáx. Para que determinada região seja considerada um bioma, deve apresentar fauna e flora típicas e condições climáticas similares em toda a sua extensão. Vário fatores ambientais são necessários para que essas condições ocorram, como latitude, pluviosidade, temperaturas médias e etc.
Muitas vezes confundem biomas com ecossistema. Entre tanto, ecossistema implica, inter-relações entre os fatores bióticos e abióticos e bioma caracteriza-se por ser uma grande área de vida formada por um complexo de habitats e comunidades, portanto, as inter-relações entre eles não são consideradas.
Temos 6 biomas:
- Bioma da Amazônia
É a maior floresta pluvial tropical do mundo, pois abrange grande parte da região Norte do Brasil e está presente nos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Portanto, a Floresta Amazônica ocupa quase metade do território brasileiro, o que faz com que o Brasil seja um campeão de biodiversidade, encabeçando a lista dos países megadiversos;
- Bioma do Cerrado
É o segundo maior bioma do Brasil em extensão territorial, pois ocupa grande parte da Região Centro-Oeste do País. Também conhecido como savana brasileira, é um bioma tropical com estações bem definidas de seca (inverno) e chuvas (verão).
Sua vegetação é menos densa que a das florestas tropicais e desenvolve-se em regiões sujeitas a incêndios naturais, apresentando árvores que possuem troncos retorcidos e cascas com espessa cortiça, resultantes da pobreza de nutrientes do solo da região e não pela falta de água, como erroneamente se pensa. Devido a seu aspecto mais grosseiro, esse tipo de vegetação sempre foi menosprezada, pois é considerada uma área perdida para a economia do País;
- Bioma da Caatinga
A Caatinga, também conhecida como Sertão Nordestino, manifesta-se na maior parte do nordeste brasileiro, que apresenta clima semi-árido, baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas. Em tupi-guarani significa “mata branca”, devido ao aspecto de sua vegetação em época de seca, em que as plantas perdem as folhas e os galhos ficam acinzentados.
Apesar de toda a aridez, a região é rica em biodiversidade animal e vegetal, pois abriga 1/3 de espécies endêmicas exclusivamente brasileiras, ou seja, elas só existem na Caatinga. De forma geral, a vegetação é formada por arbustos, árvores baixas, retorcidas e cheias de espinhos ou cactos, todos adaptados ao clima quente e seco;
- Bioma Pantanal
O Pantanal é a maior planície inundável do mundo e está presente nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Com altitudes muito baixas, recebe as águas de vários rios da região que são acompanhadas de toneladas de sedimentos que tornam o solo desse bioma extremamente rico.
Embora não possua tantas espécies endêmicas como a Mata Atlântica e a Amazônia, a sua biodiversidade é riquíssima, com destaque para a incrível variedade de aves e peixes;
- Bioma da Mata-Atlântica
A Mata Atlântica é uma floresta pluvial tropical com clima quente e úmido devido à proximidade com o oceano, do qual recebe ventos carregados de vapor d'água. Originalmente essa floresta ocupava toda a faixa litorânea do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, e sua vegetação se assemelha muito com a da Amazônia.
Embora seja menor que o bioma amazônico, sua biodiversidade é considerada a mais rica das apresentadas em florestas tropicais, pois possui um extraordinário número de espécies endêmicas, ou seja, que são encontradas apenas nesse bioma. Apesar de sua vasta biodiversidade, a situação da Mata Atlântica é extremamente grave, pois das duzentas e duas espécies de animais oficialmente consideradas ameaçadas de extinção, de acordo com o IBAMA, cento e setenta e uma estão presentes nesse bioma;
- Bioma dos Campos
Encontra-se esse tipo de bioma em dois lugares distintos: os campos de terra firme (savanas de gramíneas baixas) são característicos do norte da Amazônia,Roraima, Pará, Ilha do Bananal e Ilha de Marajó, enquanto os campos limpos (estepes úmidas) são típicos da Região Sul.
Os campos sulinos, conhecidos como pampas ou pradarias, abrangem o centro-sul do estado do Rio Grande do Sul, que apresenta clima subtropical, com verão muito quente e inverno rigoroso.
É formado por vegetação rasteira ou arbustiva, constituída principalmente por gramíneas e pequenas árvores esparsas. Sua biodiversidade animal é bastante típica, mas não muito rica, pois é formada basicamente por roedores, felinos e aves.
Temos aí dois conceitos que podem confundir ao serem pesquisados, para isso precisa ficar explícito a diferença entre eles.
Não se deve, pois, confundir o Domínio com o Bioma. A palavra Domínio deve ser entendida como uma área do espaço geográfico, com extensões subcontinentais, de milhões até centenas de milhares de Km2, onde predominam certas características morfoclimáticas e fitogeográficas, distintas daquelas predominantes nas demais áreas. Isto significa dizer que outras feições morfológicas ou condições ecológicas podem ocorrer em um mesmo Domínio, além daquelas predominantes. Assim, no espaço do Domínio do Cerrado, nem tudo que ali se encontra é Bioma de Cerrado. O Domínio é extremamente abrangente, englobando ecossistemas os mais variados, sejam eles terrestres, paludosos, lacustres, fluviais, de pequenas ou de grandes altitudes etc. O Bioma do Cerrado é terrestre. Assim, podemos falar em peixes do Domínio do Cerrado, mas não em peixes do Bioma do Cerrado.
Deixando claro que, Domínio é maior do que Bioma e tem significados e importâncias diferenciadas.
Por Carol Araújo

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Biotecnologia para o Acumulo de Capital

Elaboração de projeto de pesquisa apresentado à matéria de Geografia Agrária como parte do requisito de análise do desenvolvimento acadêmico no curso de Geografia.
INTRODUÇÃO

Por Matheus Santos

A intensa tecnificação das relações agrícolas (P&D&I)¹ impulsionou a partir da metade do século passado os investimentos diretos de capital na melhoria da qualidade da produção agrícola, no que diz respeito ao aumento da produtividade e a diminuição de perdas na própria produção, ou seja, atingir uma renda cada vez maior a um custo alto, porem com alta rentabilidade. Essa “revolução” marca um novo modo de produção na agricultura mundial – assim como na nacional - e esses avanços atingiram pólos tecnológicos nos campos da biologia, da agronomia e da informática.
Nesse cenário, o Brasil desponta como um dos principais centros investidores no ramo da biotecnologia (senão, o de maior representatividade), pois vem de uma tradição histórica o investimento por parte do Estado em melhoria das sementes e dos solos brasileiros. A mais importante empresa a realizar estes estudos é a EMBRAPA², mas dentro do território existem corporações e laboratório públicos e privados que disputam esse mercado agrícola, ou o popular agribussinnes³. É graças a esses investimentos - diretos e indiretos - em biotecnologia que a agricultura brasileira voltou ao viver o seu momento de aquecimento, mas essa revigoração econômica só foi possível graças ao novo modelo de regulatório da liberação de verbas para a produção agrícola, que passou a ter liberação de verbas somente mediante a estudos prévios da capacidade de produção do local ao qual se solicitam verbas e do tipo de produção a ser efetivado (como potencial hídrico, pH do solo, variação climática, no caso das correções necessárias para a produção; soja, arroz, algodão, no caso do tipo de produção).
Essa reestruturação do modelo de produção criou uma verticalidade importante para o sistema agrícola, integrando todas as informações técnicas – extraídas dos órgãos que realizam as pesquisas, como no caso da EMBRAPA – com as informações econômicas – que partem do BACEN – e normativas – extraídas do MAPA4.
Vale lembrar que a biotecnologia faz gerar uma demanda biotecnológica extremamente necessária e responsável por esta melhoria na produção, o uso extensivo de equipamentos tecnológicos possibilitou em muito um avanço na capacidade produtiva em escala nacional e mundial, não seria possível realizar este avanço se objetos técnicos como sensores remotos, radares meteorológicos, medidores eletrônicos de pH do solo e de insumos como sementes melhoradas, fertilizantes e agrotóxicos destinados a produtos exclusivos da agricultura de consumo humano e industrial não atingissem um valor econômico de escala mundial.

¹ Produção, Desenvolvimento e Tecnologia.
² Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
³O agribusiness abrange todas as funções que o termo agricultura abarcava a época da agricultura tradicional. Com a nova definição, o pessoal ligado ao setor, redimensionaram a importância do setor primário na formação do PIB (Produto Interno Bruto), da lavoura e da criação até a comercialização, abrangendo ainda a indústria...
4Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
-Biotecnologia para o acumulo de capital -
Por Arnaldo Nardes

Sobre a biotecnologia no Brasil podemos fazer um breve levantamento desde década de 70 até agora. Começamos com um ponto importante com a criação da Embrapa, uma tentativa do governo Militar em diversificar a produção de alimentos no país, assim temos uma empresa voltada na pesquisa para produção.
Mais isso vai mudar um pouco no inicio da década de 90, quando começa diminuir o subsidio do estado em relação à produção. Neste mesmo período com cada vez mais obrigando os produtores a serem mais eficientes, descobre principalmente o potencial da região do cerrado no centro oeste como região de produto para exportação trazendo grande importância no PIB do Brasil.
Isso graças à adaptação da soja nesse local, sabendo que ela é naturalmente de regiões temperadas, por isso a pesquisa tem grande papel nesse feito, pois isso tecnologia empregada e teste que demanda tempo e recurso para obter resultados dessa commodity.
Na década de 80 vemos criações e junções das companhias do ramo de biotecnologia para pesticidas e herbicidas e agora para produção de sementes mais resistis tentes as pragas. No Brasil podemos exemplificar a Norvatis e Monsanto, já no mundo a Dupont e ICI.
Essas empresas fizeram aquisições e fusões para entrar nesse mercado tão promissor e concorrido, a Dupont compra a Pioneer e ICI cria a Zeneca farmacêutica e junta com a Astra Suíça e cria a Astra Zeneca para entrar nesse ramo biotecnologia. Agora no Brasil quando surge esse potencial visto no agro negocio, a Norvatis investe maciçamente nesse mercado, virando uma das lideres desse segmento. Mas o maior exemplo que podemos dar seria a Monsanto de uma empresa de agrotóxicos no inicio dos anos 80 para investir e em laboratórios que produzem pesquisa na produção de sementes que tem propriedade que tenham maior capacidade de produção, tendo alcançado uma produtividade na produção de 90% da capacidade de produção na colheita.
Isso é o começo, pois sabendo que ainda existem mais áreas para uso da agricultura, e isso faz que também case o uso das sementes, mas com condicionamento o uso de seus herbicidas e pesticidas e também essas sementes só produzem uma vez, aumentado à dependência pela maior eficiência da produção.
Com essa maior exatidão de produção aumenta a demanda e produção e também os lucros da Monsanto, podendo investir em compra dos seus concorrentes locais, desta forma ela compra a Agroseres no ano 97, maior produtora de sementes de milhos por 20 milhões de R$ da soja e milho ela investe em novo campo a cana de açúcar comprando a duas empresas de pesquisa do grupo Votorantin, que são Alellyx e Canaviallis as maiores empresas de pesquisa sobre cana de açúcar do mundo, pagando R$ 616 mi, agora tendo tecnologia e inserida em dois tipos de combustíveis renováveis mais relevância do mundo.
Todo esse aporte financeiro conseguido pela Monsanto da a ela poder de comprar sua maior concorrente na produção de soja, ela compra no inicio de dos anos 2000 a Cargill Soja por 1,4 BI de dólares fora às unidades dos Estados Unidos e Canadá, mas a unidade Brasil diferente destes outros paises tem capacidade maior de crescer, pois ela não tem como nestes paises um grande ajuda do estado em subsídios de produção, fazendo um ótimo negocio e domínio do mercado pela Monsanto tanto de tecnologia e como de venda nas bolsas de valores, ou seja, domínio de todo processo dessa commodity.
Esse valor que alcançou desse produto e importância devido a esses investimentos também em dessas empresas fazendo parceria com a Embrapa investindo em técnica cientifica e também técnica cientifica informacional. O uso de GPS já a realidade em Uberlândia pela Monsanto, essa “Lavoura Hightech” usando para aumentar o aproveitamento do uso deste solo.
Em 2005 o governo aprova a lei de patente dessas empresas de biotecnologia, vendo seus investimentos protegidos começam investir mais ainda em pesquisa e desenvolvimento (P&D) a investir mais ainda, podemos ver nesse exemplo: Em 1999 as empresas Astra Zeneca, Avantis, Dupont, Norvartis e Monsanto dominam praticamente o mercado mundial de sementes e agrotóxico, eles investiram U$ 10 bi em P&D.Deste levantamento podemos observar que o uso da indústria de biotecnologia na agricultura no Mundo e principalmente no Brasil mudou para atividade com precisão e alto índice de lucros viabilizando o empreendimento devido o uso da técnica cientifica informacional, pela capacidade de obter uma previsão de produção e conseguir entregar. Isso vai mudando o cenário da agricultura de alguns produtos no Brasil.

- BIOTECNOLOGIA NO BRASIL -
Por Tânia Seong

A sua inserção se deu no Brasil, em meados de 70, com o inicio da Revolução Verde, em caráter de diversificar os produtos na indústria alimentícia. Com a elevada produtividade e a mecanização de técnicas, a biotecnologia surgiu por meio de investimentos da empresas químicas, farmacêuticas, de pesticidas, de sementes e alimentícia para a fabricação de insumos.
Dai ter surgindo às diferenças de rentabilidades e custos entre os produtores e as multinacionais. Assim, quem tem capital patenteia um próprio produto, fazendo com que a agricultura familiar se reduza aumentando a agricultura em larga escala através do mercado da corporação.
A biotecnologia se originou nos laboratórios das universidades públicas e em centros de pesquisas, como a Embrapa1 que investe quase 80% dos seus estudos no campo. E também, em empresas privadas que detém o maior interesse em produzir produtos através da Biotecnologia Agrícola. Em geral, são microempresas ou centros de desenvolvimento tecnológico que operam em nichos reduzidos de mercados de insumos agrícolas (como mudas para fixação biológica de nitrogênio).
A biotecnologia brasileira envolve produtos desde óleos vegetais, café, laticínios, abacate até suco de laranja. As suas implicações vão desde inovações na parte agrícola, até a parte industrial, passando pela introdução de novos insumos. E as mais imediatas estão no desenvolvimento de técnicas de cultura de tecidos para buscar ganhos de produtividade em curto prazo. Por exemplo, a soja2, que há uma forte aplicação de tecnologia e manipulação dos genes envolvidos.
As empresas privadas têm uma maior participação nos estudos em agrobiotecnologia, para patentear um produto próprio. Porém, hoje elas estão dominando o mercado, criando e desenvolvendo os seus próprios centros de pesquisas, como a Monsanto e a Cargill. Essas empresas tentam desenvolver produtos que sejam resistentes aos herbicidas e pesticidas utilizados na lavoura para combater as ditas “pragas”. Elas procuraram a inserção em mercados através de importações muito mais do que pela internacionalização de plantas produtivas, incluindo a criação de importantes laboratórios de biotecnologia.
A biotecnologia visualiza-se futuramente expressivos ganhos para o setor da indústria alimentícia. Embora ela ofereça uma agricultura melhor em virtude dos interesses das pesquisas privadas com a cooperação do setor publico. A biotecnologia acaba gerando desigualdades sociais, permitindo que os governos e as indústrias se distanciem do seu compromisso social e político. Até agora, as multinacionais tem se voltado para o interesse do desenvolvimento agrícola à custa dos consumidores, dos trabalhadores agrícolas e pequenos produtores.

Técnica e ciência no campo, um novo modelo por meio da transferência de genes e seleção de células-matriz.

a) Modelo híbrido: quando a seleção de vários genes implica na criação de um novo elemento com as características desejadas para uma planta comercial
b) Modelo transgênico: quando a seleção de um único gene implica na criação de um novo elemento com as características desejadas para uma planta comercial

A seleção de sementes ou enxertos realizados em plantas através do cruzamento induzido de diferentes genes. Enfim a biotecnologia é a técnica de empregar genes em processos produtivos. Os genes são transferidos para outro organismo, permitindo uma variação desses mesmos organismos. Consistindo em acelerar o trabalho de produção, isolando características genéticas de uma célula incorporando em outra e as plantas ganham maior resistência a qualquer tipo de pragas.

1. A Embrapa tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura em benefício da sociedade brasileira. Está sob a sua coordenação o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária-SNPA, constituído por instituições públicas federais, estaduais, universidades, empresas privadas e fundações, que, de forma cooperada, executam pesquisas nas diferentes áreas geográficas e campos do conhecimento científico.
2 A soja Roundup Ready, foi o primeiro produto fabricado pela Monsanto na década de 80, é tolerante aos herbicidas glisofato, resistente a qualquer erva daninha.

- Direito e Bioética -
Por Caroline Araújo

Para que seja possível uma boa compreensão de como o direito e a bioética surgem no âmbito da Biotecnologia, é necessário saber um pouco como foi sua evolução, pois é a partir desta que aos poucos é necessária a criação de normas e leis para que exista um objetivo na sua função cientifica e comercial.

- Evolução da Biotecnologia -

Biotecnologia é a “Exploração dos organismos, sistemas ou processos biológicos pelas indústrias manufatureiras ou de serviços” (François Gros – é co-autor de um informe ao Presidente da República Francesa, que se chama, Ciência da Vida e Sociedade de 1979).
Conforme Burillo, no livro “Biotecnologia – Direito e Bioética”, existem dois tipos de Biotecnologia: a tradicional, em que o homem não realizava as ações de maneira consciente, os organismos eram isolados e usados, sem o conhecimento de sua existência, onde o que existia era a técnica; e as novas biotecnologias, em que os processos são controlados cientificamente, com fundamento, teoria, portanto, tem ações conscientes.

- Mundo Vegetal -

Esta é uma sucinta lista dos avanços da biotecnologia genética em plantas usadas na alimentação ou na indústria:
- A domesticação dos primeiros animais e o cultivo das primeiras plantas, poderiam ser considerados como o primeiro processo biotecnológico;
- “Biotecnologia do natural”, utilização do que a natureza oferecia, onde era adaptada e melhorada a cada dia;
- Conservação e aprisionamento de espécies selvagens junto a homem. Tudo gira em torno da diversificação dos cultivos, primeiras atividades de domesticação, variedades de vegetais, caçadas, etc;
- Surgiram, pelo temor da escassez, as atividades de preparo e conservação de alimentos e sementes, sem esquecer das práticas religiosas de sacrifícios aos deuses;

- Alguns Antecedentes -

Com todos esses avanços oferecidos primeiramente com a Engenharia Genética, pensando em qualidade de vida e de saúde (também no campo industrial e agrícola), aumenta-se os riscos de não serem preservadas nossa vida e saúde, pois não se sabe ao certo até que pontos são arriscados essas pesquisas.
Pela existência desse risco, institui a necessidade da Intervenção Jurídica, desse modo entra em questionamento o modo como o Direito (Penal) deve agir em relação aos procedimentos científicos, nisso entra em aspectos éticos e jurídicos. Esse é um debate que dura por mais de vinte anos, onde entram questionamentos, como por exemplo: Criar leis que atrapalhem os avanços das pesquisas ou liberá-las e esperar até que se traduzam os riscos?
A partir disso a Comunidade Européia (CE) começa a ter uma preocupação de garantir um controle eficaz das atividades que possam ser prejudiciais ao ambiente, saúde e população, com toda essa situação são criadas Resoluções, que partem da inquietação e incerteza diante das seguintes conseqüências dos experimentos, servindo para a intervenção limitadora dessas pesquisas.

- Diretrizes de 1990 – Conselho de Empresa Europeu (CEE) -

Em 1986, a Comissão das Comunidades Européias preparou um informe, com o fim de planejar a regulamentação das Biotecnologias. A partir desse informe duas diretrizes são criadas:

1ª) Sobre como são criadas em laboratórios, para evitar efeitos negativo à saúde e meio ambiente;

2ª) A respeito de alimentos a produtos transgênico.
- a recomendação da Assembléia Parlamentar do Conselho Europeu de 1982 sobre engenharia genética;
- decisões do Conselho da Comunidade sobre o programa plurianual de ação no setor de biotecnologia;
-quarto Programas das Comunidades Européias em matéria de meio ambiente, aprovado em 1989;
- e o Programa Específico de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico em matéria de biotecnologia;
- ou a Resolução do Parlamento Europeu sobre os problemas éticos e jurídicos da manipulação genética (1989).
- esses textos mostram a inquietação e incerteza diante das possíveis conseqüências dos experimentos de engenharia genética para a saúde a segurança e o ambiente.

- Notas de Direito -

Nos países europeus o direito à informação é transparente para a população. Durante a década de oitenta, evidenciaram essa preocupação com cautela no emprego desses microorganismos, principalmente na agricultura.
Isso se traduz na aprovação dessas leis.
Durante a década de 80 evidenciava-se o movimento e a preocupação dos países europeus com a cautela no emprego desses microorganismos, sobretudo na agricultura. Isso se traduziu não só na aprovação de leis, mas também na criação de organismos especializados em diversos países.
_ França: Comissão no Ministério de Agricultura (1986), sobre Produção Biomolecular;
- Alemanha: afirma-se o princípio de participação pública, um princípio que deve traduzir-se na realização de uma enquete pública cada vez que se deve autorizar uma disseminação;
- Holanda: é prevista uma notificação no período local, cada vez que uma pessoa queira realizar algum ato de liberação ou disseminação. Se o Ministério do Meio Ambiente julgar adequado, pode-se realizar uma enquete ou pesquisa publica;
- Reino Unido: também se preocupa com a transparência da informação dada ao público;
- Dinamarca: em 1986, aprovou-se uma lei que proibia a disseminação – logo modificada para se acomodar às diretrizes - é estabelecida total transparência da informação ao público.

- A soja conquista o espaço -

No final da década de 70, a soja chega ao cerrado mato-grossense, dominando a região, suplantando pouco a pouco outros cultivos e espaços vazios. Empresários experientes do sul do país aplicam um nível tecnológico elevado no local, devido seus conhecimentos nas plantações em suas regiões. Instalou-se na região, devido aos incentivos concedidos pela SUDAM, as linhas especiais de crédito, criadas pelo governo para a ocupação dos grandes espaços vazios, também favorecidos por condições naturais (luminosidade e topografia).
O crescimento da produção faz com que haja aplicação de elevados níveis tecnológicos, redefinindo assim o espaço, onde as transformações apontam para a importância da ciência e da técnica no processo de organização do território. São implantadas novas redes de comunicação, introduzindo maior velocidade nas transações comerciais e financeiras.

- O esteio da soja -

As inovações mecânicas, físico-químicas e biológicas utilizadas de forma coordenada superam as barreiras naturais e aumentam a velocidade de circulação do capital. Essa é uma maneira de aumentar a produção sem expandir a propriedade.
O desenvolvimento técnico-científico foi o instrumental que possibilitou uma manipulação mais eficiente dos recursos naturais no cerrado. Os avanços alcançados em rendimento médio resultam da organização do espaço agrário em termos de variedades de cultivares geneticamente adequados às condições do cerrado, da dependência de insumos fornecidos pelas multinacionais, especialmente ao que se refere a fertilizantes e agrotóxicos, além do uso de máquinas e implementos modernos.

- Sementes melhoradas -

É a partir da semente melhorada que o lucro aumenta, pois com ela é possível se plantar em qualquer terra, vingar a produção e gerar renda.
A semente é o primeiro passo da verticalização, porque se consegue um ganho embutido na produção. É um insumo fundamental para a obtenção de maior rendimento por ser um ser vivo que transmite todas as características genéticas de variedades mais adaptadas e mais produtivas em determinadas condições.
A produção de sementes genéticas e básicas constitui atividades desenvolvidas pela EMBRAPA, cabendo ao setor privado a reprodução de sementes certificadas e fiscalizadas e a distribuição de sementes comerciais.
Procedimentos para Liberação de OGM’s.
- COMISSÃO TECNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA - CTNBio) -

Por Philipe Albino

Devido o grande questionamento que se destina aos organismos geneticamente modificados (OGM’s), surge a seguinte pergunta: Os OGM’s são nocivos ou não para saúde alimentar?
Esta pergunta sonda a sociedade, pois a questão da biossegurança alimentar está cada vez mais presente na alimentação da sociedade brasileira, e por uma questão ética os consumidores têm direito de saber o que está consumindo, chegando à sua mesa do dia a dia.
O governo brasileiro junto ao Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT) vira que havia a necessidade de criar um órgão federal que tivesse uma função de fiscalizar as pesquisas que envolvessem os OGM’s e que também exercesse uma função normativa e normatizadora do território tanto para os órgãos públicos e privados que envolvessem pesquisas de mudança genéticas e seus derivados... Desta forma em 1995 foi elaborada a primeira versão da Lei de Biossegurança:

A Lei nº 8.974 de 05 de janeiro de 1995, criou a CTNBio (COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA)que, em 1996 permitiu os primeiros testes com OGM’s. A CTNBio é responsável por estabelecer normas para as pesquisas com OGM’s e derivados, criar critérios, proceder avaliações e monitoramento de riscos, autorizar a importação de OGM’s e derivados, classificar OGM’s de acordo com o risco e emitir parecer técnico sobre a biossegurança de OGM’s e seus derivados.

“Art. 1º Esta Lei estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização no uso das técnicas de engenharia genética na construção, cultivo, manipulação, transporte, comercialização, consumo, liberação e descarte do organismo geneticamente modificado (OGM), visando a proteger a vida e a saúde do homem, dos animais e das plantas, bem como o meio ambiente.”

Junto dela foi criado a CTNBio (COMISSÃO TÉCNICA NACIONAL DE BIOSSEGURANÇA) responsável pela fiscalização, deliberação do plantio e comercialização dos alimentos OGM’s e seus derivados. Visando a biossegurança alimentar.
Após a deliberação da CTNBio, o relatório segue para o Ministério da Agricultura para que seja dado ao alimento deliberado outros aspectos de licenciamento para seu plantio e comercialização. È analisado pelo MS os recursos apresentados por órgãos ambientalistas e defesa do consumidor.
A primeira liberação de plantio e comercialização da CTNBio foi concedida para a MONSANTO em 1998 com apenas 3 meses de testes a Soja OGM Roundup Ready (RR) resistente ao herbicida Roundup. Houve uma grande repercussão nas organizações ambientalistas como Greenpeace e também órgão como o IDEC (INSTITUTO BRASILEIRO DE DEFESA DO CONSUMIDOR), mas a CTNBio afirmou que não tinha nada a temer. Anteriormente a este fato a CTNBio já havia liberado outras espécies de OGM’s para plantio experimental e testes. Para a elaboração destes testes são seguidas normas de segurança como, por exemplo: o distanciamento de outras áreas cultivadas com alimentos orgânicos, para que não haja nenhum tipo de contaminação, após esta colheita os pés cultivados são todos queimados.
Os transgênicos liberados no Brasil, que podem chegar ao consumo humano, de forma direta ou indireta, são milho Guardian da Monsanto resistente a insetos, milho Libertylink da Bayer, resistente ao herbicida glufosinato de amônio que é utilizado para combater ervas daninhas, soja da Monsanto tolerante ao herbicida glifosfato e algodão Bt da Embrapa resistente a insetos.
- Revogação da Lei 8.974 de 05 de janeiro de 1995 -
Com a evolução das pesquisas com OGM’s e Células tronco Embrionárias a lei de biossegurança ficou defasada, necessitando ser reformulada para uma abrangência maior sobre o tema.
Em 2005 a primeira lei de biossegurança é revogada e é aprovada a Lei de Biossegurança nº 11.105:
A lei de Biossegurança (nº11.105) teve sua aprovação em meio a um cenário polêmico, em 24 de março de 2005, sendo regulamentada em novembro do mesmo ano. Esta lei apresentou o marco regulatório brasileiro sobre os OGM’s e seus derivados, tendo substituído a lei nº8.974 de janeiro de 1995. Ela reafirmou o papel da CTNBio e instituiu o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) – Instância política no controle da atividade com OGM’s.
Agora o órgão responsável pela instância política passa a ser a CNBS Conselho Nacional de Biossegurança, formado por 11 Ministros. A CNBS substitui o papel do Mistério da Agricultura como instância política, que compete: CNBS discute os recursos interpostos por ambientalistas e organizações de saúde. IBAMA, ANVISA, Idec, Greenpeace.

1º Fixar princípios e diretrizes para a ação administrativa dos órgãos e entidades federais com competências sobre a matéria.

2º Analisar, o pedido da CTNBio, quanto aos aspectos da conveniências e oportunidade socioeconômica e do interesse nacional, os pedidos de liberação para uso comercial da OGM e seus derivados.

3º Avocar e decidir, em ultima e definitiva instância, sobre os processos relativos às atividades que envolvam o uso de comercial de OGM e seus derivados.
- A Biotecnologia no Brasil e no Mundo -

Por Heloise Tosta

A Biotecnologia moderna marca o inicio de uma nova fase para a agricultura. Os avanços no campo da genética vegetal reduzem a dependência da agricultura de inovações mecânicas e químicas, pilares da revolução verde.
Além de aumentar a produtividade, a biotecnologia contribui para a redução de custos de produção, para a produção de alimentos com melhor qualidade e para o desenvolvimento de práticas menos agressivas ao meio ambiente. Mas a principal contribuição da biotecnologia à agricultura é a possibilidade de se criar novas espécies a partir da transferência de genes entre outras duas outras espécies, o que irá originar uma planta com atributos de interesse econômico, resistente a vírus ou pragas.
Os cultivos geneticamente modificados incluem plantas tolerantes a herbicidas e/ou resistentes a insetos. Há quatro grupos de commodities de grande valor no comércio mundial: soja, milho, algodão e canola.
Atualmente os cultivos GM têm grande peso na economia regional e mundial, através do commodities. Em 2003, os dez principais produtores de cultivos GM detinham quase metade do PIB mundial, US$ 30 trilhões na época.
No Brasil, a soja é o principal produto GM em termos de volume de exportações, representando 90% das exportações em 2003. Aqui, quem mais investe em pesquisas nessa área é a Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – e algumas universidades públicas. As pesquisas não são somente direcionadas ao desenvolvimento de transgênicos com “propriedades agronômicas”, mas também a modificações na qualidade de um produto. É o caso, por exemplo, da pesquisa para o desenvolvimento de um eucalipto com maior produção de celulose, o que significa que será possível produzir uma quantidade maior de celulose em relação à mesma quantidade de eucaliptos. Os ganhos com produtividade podem variar de 15 a 30%. Segundo Fernando dos Santos Gomes, gerente de Desenvolvimento e produção da Arborgen Tecnologia Florestal – empresa líder no melhoramento genético de espécies florestais. A biotecnologia aplicada às florestas plantadas segue duas linhas de atuação: a primeira refere-se ao trabalho de transformação genética de clones superiores de eucalipto que demonstram melhor performance. A outra linha é a da clonagem de Pinus, campo que está em expansão.
Uma parte considerável das empresas de biotecnologia no mercado de agronegócios produz e comercializa sementes melhoradas e conta com a participação das grandes empresas multinacionais, como Monsanto e Dupont. Mas também há empresas atuando em outros segmentos, como na produção de mudas e matrizes e a produção de inoculantes e de controle biológico.
Um inoculante é qualquer material que contenha microorganismos atuando favoravelmente no desenvolvimento das plantas. No Brasil, a Embrapa Agrobiologia produz inoculantes para 100 espécies de leguminosas, principalmente para recuperação de áreas degradadas.
A soja RR da Monsanto é resistente ao glifosato e é o principal produto do grupo de cultivos GM, tolerantes a herbicidas. Uma de suas principais vantagens é a simplificação do trabalho de remover as ervas daninhas. Na soja convencional, os produtores precisam fazer diversas aplicações de herbicidas e mesmo assim muitas são de difícil controle. Assim, a soja RR facilita a gerencia da erva daninha, simplifica o uso de herbicidas e reduz o risco e falta de controle sobre as pragas.
Além dessas vantagens, há autores que relatam também impactos significativos nos custos de produção e produtividade. Na Argentina, por exemplo, além da redução de custos de produção com a soja RR, houve expansão da área plantada. De acordo com Trigo et al. (2003), a grande vantagem foi a redução dos gastos com herbicidas, máquinas e mão-de-obra. A redução dos custos desses três fatores foi mais que suficiente para compensar o aumento do custo com sementes. Houve ainda o aumento do rendimento e das exportações.
A principal vantagem econômica dos cultivos GM resistentes a insetos é a redução dos gastos com inseticidas, implicando uma redução no custo variável de produção. As vantagens vão depender da participação dos gastos com inseticidas na planilha de custos do produtor. Quanto maior for à incidência de pragas, maiores serão as vantagens da variedade GM.
Normalmente a utilização de inseticidas químicos esta relacionada à um inconveniente : as pragas desenvolvem resistências, o que, na ausência de outro produto eficiente, inviabiliza a produção. Mas no caso da tecnologia Bt, a ação contra as pragas fica sempre presente na planta. Considerando que os agricultores aplicam os inseticidas químicos somente depois de detectar a presença das pragas e seus estragos, a tecnologia Bt impede a perda parcial da lavoura. Além disso, a eficiência dos inseticidas químicos, ao contrário do Bt, depende também das condições meteorológicas, já que a chuva pode impedir a ação dos produtos jogados sobre as plantas. Assim, a tecnologia Bt oferece mais certeza aos agricultores no combate às pragas. É eficiente contra os insetos que tem criado resistência aos inseticidas químicos disponíveis.
A adoção de transgênicos na Argentina garantiu sua maior participação no mercado mundial no decorrer da década de 90. Esse país tem um grave problema de escassez de terra, mas a adoção de transgênicos contribuiu parar o aumento da produtividade e parar o aumento da área de plantação direta, o que permitiu o aumento da produção de soja sem prejuízos para a produção de outras culturas importantes para sua economia.
A difusão dos cultivos GM está relacionada a ganhos econômicos para os produtores agrícolas como: redução de custos, aumento da produtividade e da eficiência na administração do controle de pragas. Os impactos positivos de seu uso dependem das especificidades de cada região. No caso dos cultivos resistentes à insetos, os ganhos dependerão da incidência de pragas. A redução nos gastos com inseticidas deverá ser grande o suficiente para compensar o aumento do custo com sementes.
Apesar das divergências internacionais quanto à forma de regular a pesquisa, para produção e o comércio biotecnológico, não há nenhuma evidência empírica de que esses cultivos têm baixa competitividade em comparação com os cultivos convencionais. Também não há evidências empíricas que comprovem a tese de que os produtos convencionais têm a preferência do mercado, e, portanto, apresentam um preço maior do que os geneticamente modificados.
Fica aqui evidente que a Biotecnologia aplicada no campo é uma eficiente ferramenta ao acumulo de capital, geralmente para as grandes empresas. Porém, podem também haver riscos e até desvantagem no emprego dessa tecnologia.
A biotecnologia aplicada à agricultura tem dirigido seu enfoque para a produção de culturas tolerantes à herbicidas e resistentes a pragas e doenças, via sementes transgênicas. Os alimentos derivados de transgênicos muitas vezes não passam por testes adequados já que são vistos como vegetais comuns. Tais alimentos deveriam ser enquadrados como plantas-pesticidas e deveriam ser testados, inclusive, como pesticidas, o que dura no mínimo 02 anos. Os OGM’s que temos hoje no mercado foram testados por no máximo 03 meses, sendo que os problemas que podem surgir da intoxicação crônica, não aparecem.
Com a inserção dos transgênicos, o pequeno agricultor, fica dependente das grandes empresas detentoras da tecnologia. Faz-se necessário o pagamento de royaltes para que possam fazer parte desse novo sistema e assim, continuar produzindo. Uma questão preocupante também é o caso dos agricultores que optam por não aderir às culturas GM, mas ainda assim pode ter suas culturas convencionais contaminadas via polinização cruzada. Para que tal fato não ocorresse, seria necessária a adoção de uma distancia segura entre os diferentes tipos de cultura (GM e convencionais). O fato é que não há estudos conclusivos sobre essa distância, que deve ser avaliada caso a caso.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS


EMBRAPA - Comunicado Técnico - Milho Híbrido Simples BRS1030, 2004.

CASTRO, Iná Elias de, GOMES, Paulo César da Costa, CORREA, Roberto Lobato (orgs.). Brasil – Questões Atuais da reorganização do Território. Ed: Bertrand Brasil, 2008.

CASABONA, Carlos Maria Romeo (org.) Biotecnologia – Direito e Bioética, A Biotecnologia no Terceiro Milênio (org.) 1ª Edição. Ed: Livraria Del Rey, Editora LTDA

FIGUEIRA, Mariane. Inovação do modelo de Negócios: Dos Defensivos á Biotecnologia – O Caso da Monsanto. Lavras, ULCLA, 2008. Dissertação de Mestrado.

Comissão Técnica Nacional de Biossegurança. In: http://www.ctnbio.gov.br/

Entenda a Lei de BiossegurançaIn: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u93960.shtml

Lei de biossegurança 11.105. In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm

Lei de biossegurança 8.974 In: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8974.htm

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia: http://www.embrapa.br/kw_storage/keyword.2007-07-19.4141697846

Revista Veja: http://veja .abril.com.br/090800/p_122.html
http://veja .abril.com.br/080798/p_102.html
http://veja .abril.com.br/300998/p_080.html
http://veja .abril.com.br/especiais/agronegocio_2004/p_048.html
http://veja .abril.com.br/especiais/agronegocio_2004/p_054.html
http://veja .abril.com.br/071098/p_134.html
http://veja .abril.com.br/150904/p_052.html

http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u75898.shtml
https://www.planalto.gov.br/ccivil/ato2004-2006/2005/lei/l11105.htm








quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Geomorfologia - Conceitos e tecnologias atuais" (Teresa G. Florenzano - Org.)

Sensoriamento remoto para a Geomorfologia


O sensoriamento remoto é a tecnologia de aquisição, a distância de dados da superfície terrestre, isto é, por meio de sensores instalados em plataformas terrestres, aéreas e orbitais (satélites).

Os nossos olhos, que são sensores naturais, são sensibilizados apenas com a radiação da região do visível. Os sensores ópticos captam a radiação da região do ultravioleta, do visível e do infravermelho. Os sensores do tipo radar captam a radiação na região de microondas.

* sensores ópticos: energia solar/ calor emitido pela Terra;

* radares: pulso de radiação de microondas;

*radiação espectral: é a capacidade de discriminar objetos em função de sua sensibilidade espectral. Quanto mais estreita for a faixa espectral, e maior o número de bandas (canais) em que um sensor opera, maior é a sua resolução espectral.

* resolução espacial: capacidade que o sensor tem de discriminar objetos em função do tamanho:

* resolução radiométrica: refere-se à discriminação das intensidades de energia refletida ou emitida pelos objetos (2048 níveis de cinza, têm uma resolução radiométrica maior do que outra representada em 256 níveis de cinza);

*resolução temporal: é a frequência de imageamento sobre uma mesma área. Baixa resolução temporal - levam vários dias ou meses para captar imagens da mesma área; alta resolução temporal - captam até várias imagens por dia;

* tamanho da área observada: quanto mais distante da Terra, mais extensa é a área da superfície imageada pelo sensor; quanto mais próximo dela, menor é a área coberta, porém maior é a riqueza de detalhes da imagem captada.

Pelo fato de o relevo ser geralmente bem destacado em fotografias aéreas e imagens de satélite, bem como pela disponibilidade de dados multitemporais que possibilitam o estudo de processos morfodinâmicos, a ciência geomorfológica é uma das mais beneficiadas pelo sensoriamento remoto.

Os avanços tecnológicos dos novos sensores remotos, que produzem imagens com melhor resolução espacial, espectral, radiométrica e temporal, além do recurso estereoscópico, permitem ao especialista em Geomorfologia mapear, medir e estudar uma variedade de fenômenos com maior rapidez e precisão.

Podemos resumir a contribuição das imagens aeroespaciais no estudo e mapeamento geomorfológico: 1) Com base cartográfica para o lançamento de informações e apoio de campo; 2) Na extração de dados geomorfológicos e na elaboração de cartas morfométricas, cartas de risco (erosão e inundação); 3) Na análise integrada e no mapeamento da paisagem.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

UMA AVALIAÇÃO E PROPOSIÇÕES PARA A GEOGRAFIA ESCOLAR (Programas, unidades e aulas para o Ensino Médio) Jaime Tadeu Oliva

Com plena autonomia programas, unidades e aulas é uma atividade intransferível. É o coração de suas funções, que suas atribuições intelectuais e condição profissional de formação superior obrigam. Responde (em termos éticos inclusive) necessariamente por essa atividade, ao aderir ás e adotar materiais diversos, o professor torna-se autor responsável. E isso é muito evidente, essa situação de autonomia não se realiza. O professor tem sua autonomia violada com frequência, inclusive por ele próprio.
A ideia é que a Geografia Escolar e seus praticantes reproduzem apenas, em suas práticas não há atos de criação. Os costumes, as práticas e os preconceitos não são facilmente erodidos pela realidade, e terminam eles sendo a realidade.
O que é a Geografia Escolar e quais são os atores que a constroem?
A Geografia Escolar no período de domínio do modelo clássico era relativamente homogenea, uni autoral, e pode ser sintetizada como um vasto inventário da superfície terrestre, cuja a abordagem era uma somatória de recortes, definidos conforme uma regionalização em escalas. Configurava o chamado quadro natural, concebida para criar uma representação partilhada do território. A autonomia do professor não contava.
Atualmente, se mantém, camuflada é certo. Não parece muito fácil situar-se e posicionar-se, o que é condição insubstituível para construir a autonomia do professor. É muito diferente um professor que refletiu, trabalhou e criou o seu curso em comparação com outro que apenas aplica irrefletidamente algo de outrem. A disciplina esta em transformação tanto no plano acadêmico quanto na sua versão escolar.
O quadro de padronização nem existe, a padronização do "que deve" ser ensinado a massacra.
A construção do programa de curso: um passo para a autonomia
Resgatar ou construir de fato a autonomia dos professores na prática e na criação da Geografia escolar pressupõe o controle autoral sobre os programas de curso.
O foco agora é o estudante, onde se é esquecido que o professor é o criador de facilidades, o arquiteto de cenários e situações estimulantes. Paulo Freire já dizia que a Educação Escolar "é mais uma ato de construção de conhecimentos do que é a simples informações". Com o tempo a Geografia Tradicional passou a ser identificada não somente com os conteúdos e as abordagens da Geografia Clássica, mas também como aquela que é praticada por meio de aulas expositivas. Os objetivos agora são: promover a reflexão sobre a espacialidade que constitui as sociedades; pensar sobre o quanto o espaço é importante na definição das relações sociais de todos os tipos.
A geografia escolar Clássica é um inventário regionalizado selecionado. Já a Geografia Escolar Renovada não cabe apenas num único modelo. Seja qual for o modelo, sempre é nítida a diferença com a Clássica. A Renovada vai além e trata das relações entre os lugares, trata do espaço geográfico e considera processos de várias escalas na construção dos espaços: reflete sobre o que significa esse espaço de ordenamento social. Pode, no limite, admitir que o modo como as sociedades fabricam seus espaços, é, em parte, o modo como as próprias sociedades são construídas.
Os programas derivados das correntes de renovação, ingressam nas realidades geográficas por meio de temas diversos.
As três dimensões de um programa/ de um curso
Um programa de curso de Geografia Escolar é um projeto completo de aprendizado que se pretende aplicar. Objetivos, associados ao saber geográfico, que se quer alcançar, devem ser conscientemente estabelecidos. Portanto, são necessários argumentos que o justifiquem como objeto na construção do saber geográfico.
1. Descrição
Altamente estigmatizada no interior da Geografia, a questão da descrição na Geografia Clássica mostrou-se um problema para o patrimônio epistemológico da Geografia não por ser descrição, mas por ser uma descrição limitada.
Em tese, os termos descrever e observar possuem significados próximos. À vantagem é que a palavra descrição possui, implica numa ação construtiva de quem descreve, enquanto a observação indica uma postura menos ativa.
Descrever é uma olhar direto às realidades, buscando suas manifestações em si, mas também as representações e versões existentes sobre elas. O conhecimento se empobrece quanto mais fechado torna-se.
* Aplicar o momento descritivo na elaboração de um programa, de suas unidades e das aulas práticas pedagógicas obriga que se apresente a realidade com o mínimo possível de mediações ao estudante. Sem juízo de valor, sem relações desnecessárias.
2. Explicação
momento em que alguns aspectos da realidade geográfica descrita serão decifrados pela lógica da "causa e efeito". Aplicar explicações sobre realidades descritas nos mostra que muito de nossas descrições já contém explicações anteriores especializadas em formulações terréticas.
A explicação busca o mecanismo, o funcionamento dos fenômenos pré-estabelecidos de maneira precisa, tal como orienta o sistema analítico, que constitui o denominado paradigma da simplicidade, da objetividade.
Ao elaborar programas de Geografia, unidades dos programas e as aulas propriamente, é preciso identificar a dimensão explicativa pertinente se o tema em pauta comportar,aliás, sempre comporta algo, mesmo que parcialmente.
3. Compreensão
É investir no entendimento da s relações complexas cujo os resultados não são necessariamente regulares, não são leis. em Geografia, nesse processo compreensivo, pode se dar uma contribuição para desvendar a relação complexa a partir da espacialidade dos fenômenos, que , no entanto é apenas uma das dimensões do real, se inscrevendo no paradigma da complexidade.
E se consegue praticando a compreensão, virtualmente se "colocando no lugar" dos sujeitos observados. Pensar com o pensamento do outro, o compreender nos torna cúmplices de nosso objeto de estudo.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

UM PEQUENO RESUMO SOBRE IMAGENS DE SATÉLITE PARA ESTUDOS AMBIENTAIS

As imagens de satélite permitem enxergar, e descobrir, o planeta Terra de uma posição privilegiada. Através delas, os ambientes mais distantes ou de difícil acesso tornam-se mais acessíveis.
Por serem pouco conhecidas, ainda não são tão exploradas, mas é cada vez mais frequente nos meios de comunicação, em atlas e livros.
* As imagens de satélites servem para o estudo e monitoramento do meio ambiente terrestre. Elas podem contribuir para o estudo dos fenômenos ambientais, de ambientes naturais e daqueles transformados pelo homem. Além de o sensoriamento remoto pode ser usado como recurso didático.
As imagens obtidas de satélites, de aviões (fotografias aéreas) ou mesmo na superfície ou próximo a ela como, por exemplo, uma fotografia da sua casa, escola ou de uma paisagem qualquer, tirada com uma maquina fotográfica comum, são dados obtidos por sensoriamento remoto.

Sensoriamento Remoto

É a tecnologia que permite obter imagens e outros tipos de dados, da superfície terrestre, através da capitação e do registro de energia refletida ou emitida pela superfície.

SENSORIAMENTO: Obtenção de dados.

REMOTO: distante.

É utilizado porque a obtenção é feita a distancia, ou seja, sem contato físico entre o sensor e a superfície terrestre. Exemplo: O Sol é a principal fonte de energia, está age na superfície terrestre, onde podemos obter a energia incidente, que toca a superfície e reflete para o sensor/ satélite, e a energia absorvida, que emite energia da superfície (energia que se acumula no solo). As energias absorvidas pelo sensor/ satélite vão para uma estação de recepção.

* Quanto mais distante o sensor estiver da superfície terrestre, maior será a interferência da atmosfera (nuvens podem impedir que a energia refletida pela superfície chegue ao sensor a bordo de um satélite, registrando ao própria nuvem).

* Os sinais enviados para estas estações são transformados em dados na forma de gráficos, tabelas ou imagens.

História do sensoriamento remoto

A origem vincula-se ao surgimento da fotografia aérea. A história pode ser dividida em dois períodos: 1º) 1860 a 1960 - baseado no uso de fotografias aéreas.

2º) 1960 aos dias atuais - caracterizado por uma variedades de tipos de fotografias e de imagens.

Sua história está estritamente vinculada ao uso militar dessa tecnologia. A primeira fotografia aérea data de 1856, foi tirada de um balão. A partir de 1909, inicia-se a fotografia tomada por aviões. Durante a 1ª e 2ª Guerra Mundial seus usos foram aumentando e se desenvolvendo, surgindo equipamentos como o infravermelho, radares, avanças nos sistemas de informação. Durante a Guerra Fria, vários sensores foram desenvolvidos para fins de espionagem.

Atualmente os dados que eram considerados sigilosos (militares) foram liberados para uso civil. Com o lançamento do primeiro satélite metereológicos (dec. 60), começaram os primeiros registros sistemáticos de imagem da Terra. No Brasil, as primeiras imagens de satélite (LANDSAT) foram recebidas em 1973. Hoje, recebe entre outros, as imagens do satélite CBERS, produto de um programa de cooperação entre o Brasil e a China.

* A energia utilizada em sensoriamento remoto é a RADIAÇÃO ELETROMAGNÉTICA.

Baseado no livro de Teresa Gallotti Florenzano.

Caroline...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

DESVENDANDO A DESCENTRAÇÃO TERRITORIAL

Nome: Matheus de Almeida Santos - 5º sem Geografia
Caroline Souza Araújo
Eduardo Malmagro Camacho

TABULAÇÃO
REALIZADA COM CRIANÇAS DA 1ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Com base nas pesquisas que realizamos em duas salas da 1ª série do Ensino Fundamental I, totalizando 58 crianças, sobre Descentração Territorial, percebemos que, a maioria dos alunos, não consegue imaginar o território de forma abstrata, representando os lugares através de elementos simbólicos concretos, como: casas, prédios, bandeiras, um campo de futebol, etc.
Outra parte dos alunos apresenta o território de forma circunscrita, mas com elementos simbólicos que expressam as diferenças entre lugares (de escalas diferentes).
Somente uma pequena parte representa os lugares de maneira abstrata (territorial), com limites traçados por linhas imaginárias, sendo essas representações justapostas, sem conseguir relacionar que um lugar é um pedaço de outro maior: nos casos de país, estado, município, bairro e casa.
Dividimos as atividades através de separação de hipóteses que criamos:

Simbólico: A criança apenas representa o que foi pedido em desenhos, não faz distinção de tamanhos. Na sua grande maioria desenha sua casa como referencia (representação), os mapas que são produzidos, não tem significados concreto e contínuo, são abstratos momentâneos. Também criam símbolos como forma de representação (ex: um campo de futebol para explicar o Brasil ou a Argentina). Quando estão na fase de transição para o territorial representam em tamanhos diferentes uma casa ou o planeta Terra:
Total – 37 crianças (64%);

Transição: Quando passam de uma fase para a outra, evoluindo gradativamente, na sua grande maioria eles estão passando do simbólico para o territorial, mais em casos menores, eles podem enfrentar transição dentro do simbólico, relacionando o símbolo como forma de dimensão: Total – 5 crianças (8%);

Territorial/ Espacial: Nesta fase, as crianças já desenham mapas, com algumas já se pode notar a compreensão espacial, sabendo como o município, o estado e o país se colocam espacialmente inseridos no mesmo lugar, umas sabem que os espaços são maiores, mas os representam separadamente:
Total – 16 crianças (28%);

CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES
Após analise dos dados levantados, foi possível observar que na sua grande maioria as crianças da 1ª série ainda estão presas a um modelo de descontinuidade territorial (simbólico) e que apenas uma menor parte já possui uma noção mínima de descentração territorial. Um detalhe importante ressaltar, é que em todas as analises as crianças representaram a unidade espacial de maneiras temática, pictórica e abstrata não possuindo nenhuma noção exata da formação político-administrativa do território, seja em qualquer escala – municipal/ estadual/ federal. Deixamos clara a importância de ter sido feita essa analise, para que o professor tenha um ponto de partida para um trabalho adequado de descentração territorial com seus alunos, uma proposta que podemos apresentar é a de o professor passar a utilizar com maior frequência mapas que tratem a principio da unidade local, como: bairro, município, planta cartográfica da escola; e ir evoluindo gradativamente; também utilizar mapas temáticos, da unidade da federação, mapa-múndi, trabalhos artísticos, entre outros. Outra proposta, é a da realização de pequenos trabalhos de campo (em torno da escola, marcado municipal, terminais rodoviários e ferroviários) para que os alunos tenham uma maior compreensão da realidade vivida através da dinâmica sócio-espacial.