quinta-feira, 7 de maio de 2009

"Geomorfologia - Conceitos e tecnologias atuais" (Teresa G. Florenzano - Org.)

Sensoriamento remoto para a Geomorfologia


O sensoriamento remoto é a tecnologia de aquisição, a distância de dados da superfície terrestre, isto é, por meio de sensores instalados em plataformas terrestres, aéreas e orbitais (satélites).

Os nossos olhos, que são sensores naturais, são sensibilizados apenas com a radiação da região do visível. Os sensores ópticos captam a radiação da região do ultravioleta, do visível e do infravermelho. Os sensores do tipo radar captam a radiação na região de microondas.

* sensores ópticos: energia solar/ calor emitido pela Terra;

* radares: pulso de radiação de microondas;

*radiação espectral: é a capacidade de discriminar objetos em função de sua sensibilidade espectral. Quanto mais estreita for a faixa espectral, e maior o número de bandas (canais) em que um sensor opera, maior é a sua resolução espectral.

* resolução espacial: capacidade que o sensor tem de discriminar objetos em função do tamanho:

* resolução radiométrica: refere-se à discriminação das intensidades de energia refletida ou emitida pelos objetos (2048 níveis de cinza, têm uma resolução radiométrica maior do que outra representada em 256 níveis de cinza);

*resolução temporal: é a frequência de imageamento sobre uma mesma área. Baixa resolução temporal - levam vários dias ou meses para captar imagens da mesma área; alta resolução temporal - captam até várias imagens por dia;

* tamanho da área observada: quanto mais distante da Terra, mais extensa é a área da superfície imageada pelo sensor; quanto mais próximo dela, menor é a área coberta, porém maior é a riqueza de detalhes da imagem captada.

Pelo fato de o relevo ser geralmente bem destacado em fotografias aéreas e imagens de satélite, bem como pela disponibilidade de dados multitemporais que possibilitam o estudo de processos morfodinâmicos, a ciência geomorfológica é uma das mais beneficiadas pelo sensoriamento remoto.

Os avanços tecnológicos dos novos sensores remotos, que produzem imagens com melhor resolução espacial, espectral, radiométrica e temporal, além do recurso estereoscópico, permitem ao especialista em Geomorfologia mapear, medir e estudar uma variedade de fenômenos com maior rapidez e precisão.

Podemos resumir a contribuição das imagens aeroespaciais no estudo e mapeamento geomorfológico: 1) Com base cartográfica para o lançamento de informações e apoio de campo; 2) Na extração de dados geomorfológicos e na elaboração de cartas morfométricas, cartas de risco (erosão e inundação); 3) Na análise integrada e no mapeamento da paisagem.

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