segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

DESVENDANDO A DESCENTRAÇÃO TERRITORIAL

Nome: Matheus de Almeida Santos - 5º sem Geografia
Caroline Souza Araújo
Eduardo Malmagro Camacho

TABULAÇÃO
REALIZADA COM CRIANÇAS DA 1ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL I

Com base nas pesquisas que realizamos em duas salas da 1ª série do Ensino Fundamental I, totalizando 58 crianças, sobre Descentração Territorial, percebemos que, a maioria dos alunos, não consegue imaginar o território de forma abstrata, representando os lugares através de elementos simbólicos concretos, como: casas, prédios, bandeiras, um campo de futebol, etc.
Outra parte dos alunos apresenta o território de forma circunscrita, mas com elementos simbólicos que expressam as diferenças entre lugares (de escalas diferentes).
Somente uma pequena parte representa os lugares de maneira abstrata (territorial), com limites traçados por linhas imaginárias, sendo essas representações justapostas, sem conseguir relacionar que um lugar é um pedaço de outro maior: nos casos de país, estado, município, bairro e casa.
Dividimos as atividades através de separação de hipóteses que criamos:

Simbólico: A criança apenas representa o que foi pedido em desenhos, não faz distinção de tamanhos. Na sua grande maioria desenha sua casa como referencia (representação), os mapas que são produzidos, não tem significados concreto e contínuo, são abstratos momentâneos. Também criam símbolos como forma de representação (ex: um campo de futebol para explicar o Brasil ou a Argentina). Quando estão na fase de transição para o territorial representam em tamanhos diferentes uma casa ou o planeta Terra:
Total – 37 crianças (64%);

Transição: Quando passam de uma fase para a outra, evoluindo gradativamente, na sua grande maioria eles estão passando do simbólico para o territorial, mais em casos menores, eles podem enfrentar transição dentro do simbólico, relacionando o símbolo como forma de dimensão: Total – 5 crianças (8%);

Territorial/ Espacial: Nesta fase, as crianças já desenham mapas, com algumas já se pode notar a compreensão espacial, sabendo como o município, o estado e o país se colocam espacialmente inseridos no mesmo lugar, umas sabem que os espaços são maiores, mas os representam separadamente:
Total – 16 crianças (28%);

CONCLUSÕES E CONSIDERAÇÕES
Após analise dos dados levantados, foi possível observar que na sua grande maioria as crianças da 1ª série ainda estão presas a um modelo de descontinuidade territorial (simbólico) e que apenas uma menor parte já possui uma noção mínima de descentração territorial. Um detalhe importante ressaltar, é que em todas as analises as crianças representaram a unidade espacial de maneiras temática, pictórica e abstrata não possuindo nenhuma noção exata da formação político-administrativa do território, seja em qualquer escala – municipal/ estadual/ federal. Deixamos clara a importância de ter sido feita essa analise, para que o professor tenha um ponto de partida para um trabalho adequado de descentração territorial com seus alunos, uma proposta que podemos apresentar é a de o professor passar a utilizar com maior frequência mapas que tratem a principio da unidade local, como: bairro, município, planta cartográfica da escola; e ir evoluindo gradativamente; também utilizar mapas temáticos, da unidade da federação, mapa-múndi, trabalhos artísticos, entre outros. Outra proposta, é a da realização de pequenos trabalhos de campo (em torno da escola, marcado municipal, terminais rodoviários e ferroviários) para que os alunos tenham uma maior compreensão da realidade vivida através da dinâmica sócio-espacial.

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